A ONU comprovou: 2024 foi o ano mais quente da história. A crise climática é uma realidade e não há espaço para neutralidade: somos solução ou somos problema. Temos que agir agora. O setor da construção continua sendo um dos principais impulsionadores da crise climática no mundo. Os edifícios são responsáveis por um terço das emissões globais e um terço dos resíduos globais. Eles consomem 32% da energia global e contribuem com 34% das emissões globais de CO₂.
Os dados são do Relatório Global sobre a Situação da Construção e Edificações (Buildings-GSR) 2024-2025, publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela Aliança Global para Edificações e Construção (GlobalABC). A perspectiva é que, até 2030, a demanda de energia no setor atinja o pico em países de alta renda. Nos demais, a demanda deverá aumentar 1,5% nos próximos cinco anos, principalmente para necessidades de condicionamento de ar. Um número crescente de países está trabalhando para descarbonizar edifícios, mas a lentidão do progresso e do financiamento coloca em risco as metas climáticas globais.
Diante desse cenário, promover práticas de construção sustentável, adotar materiais de baixo impacto, eficiência energética e gestão circular de resíduos torna-se não apenas uma opção, mas uma urgência climática e social.
Neste 5 de junho – Dia Mundial do Meio Ambiente – apresentamos aqui 5 medidas que você pode começar a adotar agora para contribuir com essa transformação urgente. E saiba como o CBCS pode te ajudar.
1. ÁGUA: GESTÃO E REDUÇÃO DO CONSUMO
Identificar vazamentos e desperdícios é essencial para a conservação da água. Adotar sistemas de reuso e de aproveitamento da água pluvial, além dos dispositivos economizadores, é importante.
2. ENERGIA: TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
Em torno de 50% do consumo de energia das cidades são das edificações. Gerenciar o consumo e adotar fontes de energia mais limpas é o caminho da transformação e da justiça social.
3. RESÍDUOS: NÃO GERAR E ENGAJAR NA ECONOMIA CIRCULAR
O setor da construção é responsável por 48 milhões de toneladas de resíduos, o que representa 30% do total produzido no país. Boa parte deles ainda provém do desperdício, que pode ser evitado com o uso racional dos materiais, bons projetos e o planejamento da obra voltado mais à economia circular e menos ao descarte em aterros.
4. MATERIAIS: CONFORMIDADE E DESCARBONIZAÇÃO
Considerar o desempenho técnico e o atendimento de critérios de responsabilidade social e ambiental na seleção de fornecedores é fundamental para decidir por materiais verdadeiramente sustentáveis. Conhecer a pegada de carbono dos produtos de construção com base nos conceitos da Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) é o primeiro passo para a redução do carbono e da energia incorporados nas edificações.
5. RESILIÊNCIA URBANA: OCUPAÇÃO E ADAPTAÇÃO
A resiliência das cidades depende diretamente da qualidade do ambiente construído. A expansão desordenada agrava enchentes, forma ilhas de calor e agrava as vulnerabilidades climáticas. A saída são as infraestruturas adaptativas, as edificações eficientes e os espaços públicos de baixo impacto ambiental e alto nível de segurança, promovendo sistemas urbanos mais robustos, seguros e preparados para os desafios que temos pela frente.
Hora de agir!
Não existe neutralidade na crise climática. Ou somos parte do problema, ou parte da solução.
O CBCS convida você a fazer parte da transformação. A hora é agora. Desenvolvemos conhecimento e apoiamos iniciativas dos setores público e privado para contribuir neste processo. Acompanhe nossos canais de conteúdo e conheça os programas e ferramentas públicos.
Foto capa: Imagem de evening_tao no Freepik